A empresa está implementando ações sustentáveis para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e estabelecendo metas claras para reduzir emissões em toda a sua operação.
O agravamento das mudanças climáticas e a consciência de que é urgente promover desenvolvimento econômico sem degradar o meio ambiente tem impulsionado mobilizações em todo o mundo.
Cientes do impacto de suas atividades, algumas empresas têm assumido posição de destaque neste movimento, mapeando processos e assumindo compromissos públicos que visam a diminuição dos impactos ambientais. Esse é o caso da Saint-Gobain.
Signatária do Pacto Global e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, a companhia trabalha para neutralizar todas as emissões líquidas de carbono de suas operações até 2050.
Para atingir esse objetivo, foram definidas metas de curto, médio e longo prazo, ligadas às emissões de gases do efeito estufa, em relação aos dados de 2010. A metodologia de inventário de carbono mais utilizada em todo o mundo é a do GHG Protocol, que foca nos gases causadores de efeito estufa que constam no Protocolo de Kyoto e classifica as emissões de carbono em três escopos distintos, que abrangem tanto as emissões diretas quanto as indiretas de determinada organização.
“Embora diminuir as emissões de gases do efeito estufa seja uma prioridade, ela não é o único objetivo a ser perseguido”, esclarece Oswaldo Malheiros, líder do Comitê de Sustentabilidade da Saint-Gobain Produtos para Construção. Ele conta que a companhia também estipulou metas de redução de consumo de energia, de resíduos, captação de água e descarte de efluentes. Um dos intuitos é reduzir em 80% os resíduos não recuperados. Outro objetivo é aumentar em 30% o uso de matéria-prima reciclada, em comparação aos dados de 2017. Conheça todas as metas a seguir.
Com o olhar primeiramente para 2025, a Saint-Gobain tem como alvo:
Para 2030, as metas avançam ainda mais. O objetivo é:
Atingir cada um desses objetivos demanda um esforço corporativo intenso, com o envolvimento do público interno da companhia e, também, de outras partes interessadas, como fornecedores e parceiros. “É papel de uma empresa como a Saint-Gobain promover e incentivar transformações em toda a cadeia produtiva”, diz Malheiros.
Segundo ele, um dos focos tem sido buscar alternativas a matérias-primas com uma pegada de carbono muito alta. “Temos uma série de projetos em andamento que visam substituir os materiais por outros que tenham o mesmo desempenho, mas que contribuam para a redução de carbono equivalente”, conta Malheiros, reforçando a importância do engajamento de toda a cadeia produtiva na busca por soluções mais sustentáveis.
A logística é outro objeto de estudo e melhorias visando diminuir as emissões relacionadas à circulação de produtos e de matérias-primas. O investimento na cabotagem, como alternativa ao modal rodoviário, e a otimização das rotas com cargas direcionadas a centros logísticos são algumas práticas adotadas.
Há, ainda, ações direcionadas à redução de emissões de CO₂ de escopo 1 e 2, desde a substituição da matriz energética, até melhorias de processos nas plantas.
Em 2022, graças a um conjunto de medidas adotadas, a Saint-Gobain conseguiu diminuir perto de 20 mil toneladas de carbono em suas operações. Para 2023, a meta mais que dobrou, e o objetivo passou a ser eliminar 41 mil toneladas.
Atualmente, os edifícios respondem por 39% das emissões globais de carbono relacionadas à energia. No Brasil, a maioria das emissões de dióxido de carbono estão ligadas à mudança no uso da terra, sobretudo por conta do desmatamento. Mas, ainda assim, a construção civil tem uma participação relevante de 27% na geração de CO₂ no país.
O acúmulo de gases do efeito estufa na atmosfera, entre os quais estão o CO₂, está diretamente associado às mudanças climáticas e ao aumento da intensidade e da frequência de eventos climáticos extremos, com graves consequências para a humanidade e ecossistemas naturais.
Segundo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), mais de 40% da população mundial está altamente vulnerável ao estado do clima.
Ainda segundo o IPCC, para evitar fenômenos irreversíveis e a ameaça à vida e à subsistência, é imperativo limitar o avanço do aumento da temperatura global a menos de 1,5 °C até o ano 2100. Isso requer que o mundo caminhe em direção à neutralidade de carbono até 2050.