O conceito está cada vez mais atual e importante, e vai muito além das preocupações ecológicas.
Geralmente associado apenas às questões de preservação ambiental, o conceito de sustentabilidade tem significado muito mais amplo, que também envolve os cuidados nas áreas econômica e social.
Juntos, esses três pilares representam uma abordagem holística em busca do desenvolvimento responsável. Além disso, quando adotados de maneira individual ou por empresas e governos, fazem com que as tomadas de decisões sejam mais conscientes no sentido de garantir um futuro com maior conforto e equilíbrio para as próximas gerações.
Entender a importância de cada pilar é fundamental para realmente incluir, cada vez mais, a sustentabilidade nas ações cotidianas — desde as menores até aquelas com grande impacto. Quer entender melhor sobre esses três pilares e a importância do tema na construção civil? Continue a leitura.
A natureza sempre foi vista pela humanidade como uma fonte de matérias-primas, sem nenhum tipo de preocupação se o consumo exagerado resultaria na escassez de materiais. Essa exploração desenfreada agora cobra o seu preço, com diferentes recursos tornando-se mais raros e de difícil aproveitamento. O momento é de escolher por qual caminho devemos seguir: continuar no sentido predatório ou inverter a rota para uma direção mais racional (e, se possível, com a reconstrução de parte do que as gerações anteriores acabaram destruindo).
Ser ecologicamente correto é tratar o meio ambiente com respeito e cuidar para que exista um equilíbrio entre o que é retirado da natureza e o que oferecemos em troca. Exemplo de boa prática é consumir apenas a quantidade necessária de água ou energia para a realização das atividades diárias, ou então, sempre optar por produtos sem embalagens excessivas.
Ser socialmente justo envolve ética, solidariedade, educação de qualidade e oferta de trabalho descente, tudo isso sem esquecer que o nosso planeta é um só e que cada ação afeta a todos nós. Com isso, é correto afirmar que as empresas que se dizem sustentáveis devem ter espaço para pessoas de classes sociais, etnias, religiões, idades e orientações sexuais diferentes.
Priorizar os direitos humanos, associado a preservação da natureza, educação, saúde e inovação também faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) — agenda mundial composta por 17 objetivos interligados e 169 metas que devem ser alcançados globalmente até 2030.”
O desenvolvimento sustentável está relacionado com continuidade e com a busca do equilíbrio no longo prazo. Nesse sentido, as ações devem ser planejadas de modo que sejam viáveis economicamente, caso contrário, a tendência é que acabem abandonadas em pouco tempo.
O uso de lâmpadas fluorescentes ou LED é exemplo de iniciativa financeiramente interessante e que proporciona outras vantagens. Já que, além de durarem muito mais, são materiais que promovem a economia no consumo de energia e que geram menos resíduos.
Com os conceitos dos três pilares da sustentabilidade mais claros, é importante pensar como aplicá-los na construção civil. Afinal, o setor responde por mais de 50% dos resíduos sólidos gerados no país, além de ser um dos mercados que mais impactam o meio ambiente de maneira negativa pelo volume de recursos naturais extraídos para a produção de materiais.
O primeiro passo para virar esse jogo está no reforço da importância da elaboração prévia de projetos de arquitetura e executivos. Grande parte da população acredita que essa etapa pode ser negligenciada, o que faz com que muitas obras aconteçam sem a presença de um profissional especializado. Além disso, sem o planejamento adequado há mais perda de tempo, desperdício de materiais e prejuízo financeiro com eventuais resoluções de problemas.
Também é importante incentivar o consumo consciente, pois a construção demanda recursos naturais não-renováveis como areia, rochas e minerais. Na fabricação de blocos cerâmicos, por exemplo, é empregada argila e minerais, além da água e da energia utilizadas no processo produtivo. Isso sem mencionar a liberação de gases na atmosfera. Todos esses impactos precisam ser analisados para a adoção de medidas capazes de mitigá-los o máximo possível.
Outro ponto é a busca pelo equilíbrio entre as cadeias produtivas e o meio ambiente. Para isso, uma dica é sempre avaliar os produtos de maneira individual e coletiva, analisando desde como o processo de fabricação acontece até como ocorre o uso no canteiro. Dessa maneira, você contribui para a melhora progressiva e até mesmo a reinvenção de alguns materiais.
Agora que você já sabe mais sobre os conceitos básicos de sustentabilidade, conheceu os seus três pilares e a importância do tema na construção civil, que tal se aprofundar mais no assunto? Para isso, o Parceiro da Construção oferece um curso gratuito ministrado pela engenheira civil Iza Valadão, professora e PhD em sustentabilidade e construção. Ela também é colunista da revista “Casa e Jardim” e consultora do programa “É de Casa”, da Rede Globo.
Dividido em quatro módulos, o treinamento explica o que é desenvolvimento sustentável, apresenta os 17 ODS e aborda conceitos importantes sobre a sustentabilidade na construção. Você também aprenderá sobre como fazer o cálculo da quantidade adequada de insumos para cada obra, maneiras de evitar desperdícios, modo de fazer a gestão do canteiro e quais os cuidados no armazenamento de materiais. São apresentados, ainda, os sistemas construtivos que reduzem desperdícios. Ao final, os participantes recebem certificado de conclusão.
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Descubra como a economia circular transforma a construção civil, substituindo o modelo de ‘extrair-produzir-desperdiçar’ por práticas que maximizam a reutilização e reciclagem, promovendo a sustentabilidade e reduzindo o impacto ambiental.
À medida que a consciência ambiental aumenta globalmente, uma porcentagem crescente da população opta por produtos sustentáveis, revelando um movimento poderoso em direção a práticas de consumo mais responsáveis e informadas.
